Primeiramente, a carga tributária exige dos gestores mais do que um bom planejamento, uma vez que o negócio precisa se enquadrar na regulamentação e, ainda assim, mostrar-se competitivo no mercado.
É preciso lidar com obrigatoriedades, taxas, encargos trabalhistas, entre outros pontos que podem comprometer o faturamento da empresa se forem negligenciados.
Agora, apesar do cenário um pouco desfavorável, é possível reduzir legalmente o pagamento dos impostos que incidem sobre a empresa. Continue lendo o post e saiba mais!
Faça um planejamento tributário
Essa é a etapa principal para definir o futuro financeiro, tendo em vista que o planejamento tributário não só vai ajudá-lo a reduzir os impostos, mas também a se antecipar quanto ao pagamento de encargos.
Primeiramente, o ideal é analisar todos os custos que envolvem a empresa, além do seu faturamento, da margem de lucro, da folha de pagamento etc.
A partir daí, será necessário fazer projeções de acordo com o regime tributário da empresa, baseado na legislação fiscal em que se enquadra o negócio.
Escolha o regime tributário ideal para a empresa
No Brasil, são três os modelos de regime tributário, em outras palavras, eles determinam como a empresa pagará seus tributos ao fisco de acordo com seu faturamento e as atividades que desenvolve.
A escolha vale por 12 meses, mas, para evitar prejuízos, é importante escolher com sabedoria. Entenda um pouco mais sobre eles a seguir.
Simples Nacional
Esse é o mais adotado pelas companhias brasileiras devido à simplicidade do recolhimento e a não obrigatoriedade do recolhimento do INSS patronal.
Nele, todos os tributos são centralizados em uma só guia chamada DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional).
Podem fazer parte do Simples Nacional as empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões e que se enquadram em uma das atividades do CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas/Fiscais).
Lucro Presumido
O Lucro Presumido é o regime que utiliza a receita bruta como base do cálculo dos impostos. Ele faz uso de bases pré-fixadas, o que auxilia na redução da carta tributária.
Lucro Real
Esse regime é mais utilizado por empresas com faturamento alto. Sua apuração é feita utilizando como base o cálculo o lucro contábil. A vantagem é que o negócio pode se valer dos créditos de PIS e Cofins, o que não ocorre nos outros modelos.
Terceirize atividades não essenciais
Algumas atividades podem ser terceirizadas, assim, continuam sendo executadas com um menor custo, sem afetar os processos internos.
O principal benefício é a redução dos encargos com folha de pagamento e com previdência. A terceirização é um ponto a ser estudado, em que o negócio deve levar em consideração os resultados em longo prazo.
Foque a elisão fiscal
Levando em conta o regime tributário no qual o negócio se enquadra, o passo seguinte é interpretar a legislação em benefício do empreendimento.
A elisão fiscal é diferente da evasão fiscal. A elisão fiscal é a prática contábil que visa a adequar a empresa ao formato mais vantajoso para o pagamento dos impostos sem cometer ilegalidades, podendo ser pautada no que é estipulado na legislação ou em suas brechas, conforme você verá abaixo.
Decorrente da legislação
No primeiro caso, a base está na vontade consciente do legislador de conceder ao contribuinte determinados benefícios fiscais por meio de incentivos fiscais, descontos e outras práticas para a redução da carga tributária.
Um exemplo é a Lei Federal de Incentivo ao Esporte (Lei nº 11.438 de 2006), que permite destinar parte dos tributos a projetos, reduzindo a carga tributária.
Decorrente das lacunas e brechas na lei
Nesse caso, a empresa configura suas ações de tal maneira que harmonizem para o menor ônus tributário possível. Em outras palavras, são utilizados elementos que a lei não proíbe ou que evitam o fato gerador de tributos a partir de elementos presentes na própria lei.
Enfim, a busca constante pela redução da carga tributária é fundamental para a saúde financeira do negócio. Além de reduzir os custos, é possível se tornar mais competitivo, manter a organização dos tributos e traçar estratégias de mercado acertadas.
Se for necessário, procure um escritório de contabilidade para auxiliá-lo na questão tributária.
Gostou do que leu? Aproveite e leia também nosso outro post que trata sobre o CNAE – Classificação Nacional de Atividades Econômicas. Não perca!